somos seres
descontínuos
feitos de pó
[ sal ]
palavra inquieta
no céu
da boca
o pouso
sereno
na língua
é asa
lambida
de vento
[interditada]
à boca
da ponta de
teus dedos
nossos pés
ascendem
alto
cristais
de gelo
em êxtase
ártico.
ursos polares
tocam oboés
e címbalos
em teu nome
em tua homenagem,
porque você é um irmão
canino, lobo arauto
porque
essa segunda pele
logo eclodirá
da cicatriz
e meus tímpanos
já vibram:
ouço
o mar chegar
finalmente
aqui
evocação, ebulição
ResponderExcluirevapora não marzão que o cristal de neve é todo bonitinho
Esse sertão vai virar mar, querido. Ah, se vai...
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