chuvas de incontida acrimônia
palavras solfejadas, despejadas
sem qualquer cerimônia
empoçam no meu quintal
das respostas atravessadas,
não-ditas e ainda assim
arrependidas, uma frase minha
se estilhaça afinal
não o alcança, por você ela passa
e congela no ar
ela permanece
estática e insular
em meio a silêncios medianos
e corrompidos pela peste
A distância é glacial, ártica, polar
das pontas dos meus dedos escapam
selos extraviados, espessos
e os beijos envelopados, eu guardo
e os esqueço
os dentes trincados calam forte o desejo
de dizer, de ouvir
de atravessar uma ponte
anoitecer com você
apenas dormir
ouch!..
ResponderExcluirisso ficou muito bem encaixado
ResponderExcluir"das pontas dos meus dedos escapam
selos extraviados, espessos
e os beijos envelopados, eu guardo
e os esqueço"
acho ótima questão a se debater, essa que fez quanto a criação, procurei seu email e não achei, me mande um para desenvolvermos mais essa conversa.
cartaspararobertoborati@gmail.com
aguardo
e obrigado pelas visitas e principalmente pelas palavras elogiosas.
Pontes podem ser atravessadas.
ResponderExcluirabçs,
E.
Bruno:
ResponderExcluirOuch? (!)
E.:
Serão.
pra quando falta uma palavra... a gente usa o recurso que tem a disposição né.
ResponderExcluireu teria usado "au!" se não fosse essa também uma onomatopéia para o latido dos cães.