sexta-feira, 21 de agosto de 2015
"hexagrama 29"
:
suturar a falha sísmica
que te compreende
em cada golpe;
anestesias (uns goles a mais,
um a menos,
não importa). inscrever a alegria,
o terror,
liberar os galgos
no perímetro insubordinado
da tua caixa torácica,
pois você
você me ataca
onde sou
dolorosamente permeável;
frequenta lugares perigosos
no meu peito
e te inauguro de escuro:
teu delírio a seiva o suco.
sucumbo de exaustão
aos pulinhos,
respirando o fogo
em i n t e r v a l o s
de compasso opressivo.
a noite,
nos teus ombros,
é clareira aberta,
geografia finita
ao susto que antecipa
a caça, a carnificina.
conheço de cor
o sonho do deus
que habita
o teu grão.
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esse poema!
ResponderExcluirnão há como visita-lo apenas uma vez...