sem se reerguer sem
sequer lembrar da queda
pela sombra
que nunca é proporcional
à luz
pela sombra
que não é proporcional
de maneira alguma
à luz
te escrevo o nome
onde se escondem
as montanhas
onde o sinal do celular
n ã o pega
nãopega nãopega n-ã-o pe-ga
escrevo ainda
com a tinta
que extraio dos moluscos
que aparecem mortos
pela praia
no inicinho da manhã
pelo esquecimento compulsório
da
q
u
e
d
a
"escrevo o teu nome
no grão de arroz"
porque saturno retorna
fora de hora
e a sombra não é proporcional
ao facho de luz
que te acompanha
[
porque há sim pulsação nos vasos
altamente periculosos
das minhas pernas
e por tudo aquilo que tomba
sem levantar-se:
toma este grão luminoso
onde te escrevo o nome
devidamente instalada
na virada invisível
do rio
Essa tinta que fica e arde
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