você, o minúsculo ser,
que deveria ter saído
por onde nunca deveria
ter entrado -
aquela brecha, aquele
declive de assoalho.
por que não saiu?
de ti, resta apenas
alguma célula
entre o fogão
e o armário;
algum suave indício
de sua breve existência
de camundongo,
você, com seu robusto
corpinho de roedor
ainda em desenvolvimento,
pelagem cinzenta baixa,
obrigou-me a alcançar
uma velocidade sórdida
de que não me supunha
capaz.
de ti resta
o pequeno corpo
terminando de respirar
na calçada,
em mim - o golpe.
por que não saiu
quando teve chance,
pequeno estafermo?
sonoros equívocos
te custaram tanto - o pouco
que tinhas.
permanecem em mim
o golpe,
os azulejos quebrados,
meteoritos
no chão do quarto:
provas irrefutáveis
do crime.
tão bonito,.......
ResponderExcluirtão bonito,.......
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